Derrota após derrota o 'técnico' João Galvão continua firme no comando do Águia de Marabá e a torcida não consegue fazer sua voz ser ouvida.
Enquanto a torcida não radicalizar boicotando as apresentações do time, as coisas nunca mudarão.
Basta tão simplesmente os torcedores deixarem de comparecer ao estádio (ou a qualquer outro local onde a equipe se apresente). Sem violência mas com muita vergonha na cara!
Chega de passividade. Chega de conivência.
FORA GALVÃO E FERREIRINHA!!!!!
sexta-feira, 12 de abril de 2013
quarta-feira, 10 de abril de 2013
segunda-feira, 8 de abril de 2013
A DILMA NÃO ME REPRESENTA, E DAÍ?
Por: Reinaldo Azevedo
Já tá bom, né? Vamos ver.
Houve protestos ontem no Rio e em São Paulo contra a permanência legal e democrática — se gostam ou não dele, aí é outra conversa — do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Na Cidade Maravilhosa, os organizadores do evento afirmaram que 1.500 manifestantes saíram às ruas. Não há outras estimativas. Na Cidade da Garoa, os promotores da passeata falaram em 4 mil, a CET em 500, e a Polícia Militar, que costuma ter números mais precisos porque tem de se preparar para garantir a segurança, em apenas 150. Essa gente está cutucando evangélico com vara curta.
Na hora em que eles decidirem botar o bloco na rua, aí então se vai saber o que é massa. Atenção! Eu não acho que a quantidade define quem está certo ou quem está errado. Apenas chamo a atenção para o fato de que aquele que promove um ato público está procurando demonstrar musculatura popular — ou bastaria fazer os protestos virtuais; estes, sim, rendem milhares de radicais do teclado. Ou postar uma foto nas redes sociais. Os evangélicos respondem pelas maiores manifestações públicas do país. Digamos que tenham ido mesmo 1.500 ao protesto do Rio… E se, por hipótese, os que querem que Feliciano fique na comissão reunirem, sei lá, 30 mil, 50 mil? Se a intolerância de uma maioria é fascismo, a de uma minoria é ditadura. Um evangélico chegou à presidência da comissão por mecanismos garantidos pela democracia e não pode ser deposto por métodos ditatoriais. É simples assim. Anima essas manifestações essa máxima que se vê nas fotos acima: “Não me representa” — com a variante “não nos representa”. Certo!
A frase não passa de uma tolice autoritária, típica de gente que não entende o que é o processo democrático e pretende vencer no berro, e um emblema desses tempos de minorais mimadas pela imprensa e pelos Poderes constituídos. É claro que Feliciano não representa esses gatos-pingados que vão às ruas ou os milhares de radicais do teclado. Os representantes dessa turma são outros — Jean Wyllys, por exemplo, que chegou à Câmara sobre uma montanha de 13 mil votos. Feliciano não os representa, é certo, mas tem a representação, em primeiríssimo lugar, de 212 mil pessoas que votaram nele — voto a voto, vale por mais de 16 Jeans Wyllys, ora essa!
Então, que se diga de saída: Feliciano não representa os que protestam, mas representa outros grupos, que também podem decidir se manifestar e ir às ruas, não é mesmo? Mas essa é ainda uma visão pobre, reduzida, mesquinha mesmo, do processo democrático.
Wyllys não representa apenas os seus 13 mil eleitores — em 2014, ele lava a égua porque raros políticos tiveram tanta propaganda gratuita nos últimos tempos —, já que sua militância expressa pensamentos e anseios de milhares, quem sabe de alguns poucos milhões, Feliciano também não vale só por seus 212 mil votos. Ele é a expressão de muito mais gente — e estes não são poucos milhões; são muitos.
Assim, quando um tolinho — lamento ter de escrever assim — levanta o cartaz “não me representa/não nos representa”, está supondo que o regime democrático deve servir apenas aos propósitos do seu umbigo; existe apenas para satisfazer as suas vontades; compraz-se em cumprir a sua pauta. Ou é assim, ou eles decidem ir lá na Câmara e pegar o parlamentar pelo colarinho; ou é assim, ou eles resolvem que é chegada a hora de cassar o mandato do eleito — “afinal, ele não nos representa”.
Pergunta até tola de tão óbvia: se os evangélicos saírem em marcha bradando cartazes de Jean Wyllys com a frase “não nos representa”, isso seria expressão de homofobia? “Ah, só porque ele é gay…” E Feliciano? Só porque é evangélico??? “Não, Reinaldo! É porque ele é homofóbico e racista.” Lamento de novo! As duas acusações são improcedentes. No fim das contas, E É ESTE O JOGO QUE SE PRATICA, EMBORA NÃO SE QUEIRA DIZER O NOME, essa celeuma toda existe porque ele é evangélico e tem uma pauta que não coincide com as dos militantes. Sim, ele não os representa, mas representa outros brasileiros, em número estupidamente maior.
“Então ficamos com o critério da maioria e pronto?” Não! Ficamos com o critério da razoabilidade e da convivência entre os diferentes.
A outra dimensão
Tratei até agora de duas dimensões da representação: a da representação dos eleitores reais e a da representação do eleitorado potencial. Há uma terceira: a da representação de um dos Poderes da República — no caso, o mais importante deles, aquele em que a democracia tem de ser mais viva.
Feliciano é um deputado do Parlamento brasileiro. Tem prerrogativas. A menos que cometa um dos crimes que resultam em cassação de mandato — e isso não está configurado —, seu mandato é intocável! Apelando à metáfora religiosa (só metáfora, viram, policiais de consciências?!), sua investidura é sagrada no que concerne ao estado de direito. Tentar diminuí-la ou agredi-la significa desconsiderar os fundamentos da própria democracia.
“Ah, mas a gente não gosta dele!” Paciência! Dado o jogo democrático, terão de engoli-lo — caso ele se mostre mesmo disposto a resistir ao maior massacre de que tenho memória na imprensa para quem não cometeu crime nennhum. Há muito o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, deveria ter posto um fim àquela pantomima. Caso se forme um grupo de 50 que decida impedir as sessões da Câmara exigindo que Alves responda politicamente pelos crimes de que é acusado, ele faz o quê?
a) Renuncia ao posto?;
b) estimula a baderna;
c) chama a Polícia Legislativa
Alguém tem alguma dúvida sobre qual alternativa ele escolheria? Ora… Alves decidiu aderir à pauta da imprensa e das celebridades para ver se os jornalistas esquecem, como esqueceram, a sua biografia. Está usando o caso Feliciano como lavanderia da própria reputação. É só mais uma feiura que se junta a essa comédia de erros.
Tolice
Vamos parar com essa tolice de “não me representa”. O Parlamento, queridas minorias mimadas e celebridades, não existe com o fito exclusivo de representá-las. Também representa os outros, muito especialmente as… maiorias. A questão é saber se se vai buscar o diálogo ou o confronto.
Feliciano só é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara porque os petistas deram de ombros pra ela, não a quiseram. O PSC pleiteava outra, mas os “cúpidos do bem” — desesperados para abarcar áreas mais influentes — não quiseram negociar. Foi o que restou aos aliados. Antes mesmo que Feliciano dissesse um “a”, começou a gritaria nas redes sociais, com Jean Wyllys à frente e a adesão quase unânime da imprensa ao linchamento.
Li no Globo, acho, que Wyllys admitiu que Feliciano ocupa a presidência da comissão de maneira legal — e também legítima, acrescento; ou se demonstre o contrário. É mesmo, é? Se é assim, por que este senhor não toma seu assento e faz os debates necessários no âmbito da comissão? Venham cá: os descontentes com Dilma podem tentar inviabilizar seu trabalho no berro? Não! Quem o fizer vai em cana.
O que quer dizer “não me representa”? Que o sujeito discorda das ideias do outro? E daí? Nesse particular, a Dilma não me representa. O Lula nunca me representou. Mas jamais propus que fossem depostos por isso (o Apedeuta deveria ter caído, mas por causa do mensalão de Genoino e João Paulo, os dois condenados que estão na CCJ). A governanta não ME representa, já que não votei nela, mas representa um Poder. Igualzinho ao Feliciano! A ignorância supostamente ilustrada do que seja democracia, especialmente das celebridades, é de lascar! Vão se instruir um pouquinho! Tentem saber como funciona o regime democrático.
Ah, sim, quase me esqueço: o Feliciano também não me representa. Como sou um democrata, acho que ele tem de cumprir seu mandato. É possível discordar de alguém sem aderir a uma campanha de linchamento. É possível fazer-se ouvir no Congresso sem agredir os fundamentos da democracia.
A propósito: as celebridades que estão emprestando a sua fama à causa representam quem mesmo?
Já tá bom, né? Vamos ver.
Houve protestos ontem no Rio e em São Paulo contra a permanência legal e democrática — se gostam ou não dele, aí é outra conversa — do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Na Cidade Maravilhosa, os organizadores do evento afirmaram que 1.500 manifestantes saíram às ruas. Não há outras estimativas. Na Cidade da Garoa, os promotores da passeata falaram em 4 mil, a CET em 500, e a Polícia Militar, que costuma ter números mais precisos porque tem de se preparar para garantir a segurança, em apenas 150. Essa gente está cutucando evangélico com vara curta.
Na hora em que eles decidirem botar o bloco na rua, aí então se vai saber o que é massa. Atenção! Eu não acho que a quantidade define quem está certo ou quem está errado. Apenas chamo a atenção para o fato de que aquele que promove um ato público está procurando demonstrar musculatura popular — ou bastaria fazer os protestos virtuais; estes, sim, rendem milhares de radicais do teclado. Ou postar uma foto nas redes sociais. Os evangélicos respondem pelas maiores manifestações públicas do país. Digamos que tenham ido mesmo 1.500 ao protesto do Rio… E se, por hipótese, os que querem que Feliciano fique na comissão reunirem, sei lá, 30 mil, 50 mil? Se a intolerância de uma maioria é fascismo, a de uma minoria é ditadura. Um evangélico chegou à presidência da comissão por mecanismos garantidos pela democracia e não pode ser deposto por métodos ditatoriais. É simples assim. Anima essas manifestações essa máxima que se vê nas fotos acima: “Não me representa” — com a variante “não nos representa”. Certo!
A frase não passa de uma tolice autoritária, típica de gente que não entende o que é o processo democrático e pretende vencer no berro, e um emblema desses tempos de minorais mimadas pela imprensa e pelos Poderes constituídos. É claro que Feliciano não representa esses gatos-pingados que vão às ruas ou os milhares de radicais do teclado. Os representantes dessa turma são outros — Jean Wyllys, por exemplo, que chegou à Câmara sobre uma montanha de 13 mil votos. Feliciano não os representa, é certo, mas tem a representação, em primeiríssimo lugar, de 212 mil pessoas que votaram nele — voto a voto, vale por mais de 16 Jeans Wyllys, ora essa!
Então, que se diga de saída: Feliciano não representa os que protestam, mas representa outros grupos, que também podem decidir se manifestar e ir às ruas, não é mesmo? Mas essa é ainda uma visão pobre, reduzida, mesquinha mesmo, do processo democrático.
Wyllys não representa apenas os seus 13 mil eleitores — em 2014, ele lava a égua porque raros políticos tiveram tanta propaganda gratuita nos últimos tempos —, já que sua militância expressa pensamentos e anseios de milhares, quem sabe de alguns poucos milhões, Feliciano também não vale só por seus 212 mil votos. Ele é a expressão de muito mais gente — e estes não são poucos milhões; são muitos.
Assim, quando um tolinho — lamento ter de escrever assim — levanta o cartaz “não me representa/não nos representa”, está supondo que o regime democrático deve servir apenas aos propósitos do seu umbigo; existe apenas para satisfazer as suas vontades; compraz-se em cumprir a sua pauta. Ou é assim, ou eles decidem ir lá na Câmara e pegar o parlamentar pelo colarinho; ou é assim, ou eles resolvem que é chegada a hora de cassar o mandato do eleito — “afinal, ele não nos representa”.
Pergunta até tola de tão óbvia: se os evangélicos saírem em marcha bradando cartazes de Jean Wyllys com a frase “não nos representa”, isso seria expressão de homofobia? “Ah, só porque ele é gay…” E Feliciano? Só porque é evangélico??? “Não, Reinaldo! É porque ele é homofóbico e racista.” Lamento de novo! As duas acusações são improcedentes. No fim das contas, E É ESTE O JOGO QUE SE PRATICA, EMBORA NÃO SE QUEIRA DIZER O NOME, essa celeuma toda existe porque ele é evangélico e tem uma pauta que não coincide com as dos militantes. Sim, ele não os representa, mas representa outros brasileiros, em número estupidamente maior.
“Então ficamos com o critério da maioria e pronto?” Não! Ficamos com o critério da razoabilidade e da convivência entre os diferentes.
A outra dimensão
Tratei até agora de duas dimensões da representação: a da representação dos eleitores reais e a da representação do eleitorado potencial. Há uma terceira: a da representação de um dos Poderes da República — no caso, o mais importante deles, aquele em que a democracia tem de ser mais viva.
Feliciano é um deputado do Parlamento brasileiro. Tem prerrogativas. A menos que cometa um dos crimes que resultam em cassação de mandato — e isso não está configurado —, seu mandato é intocável! Apelando à metáfora religiosa (só metáfora, viram, policiais de consciências?!), sua investidura é sagrada no que concerne ao estado de direito. Tentar diminuí-la ou agredi-la significa desconsiderar os fundamentos da própria democracia.
“Ah, mas a gente não gosta dele!” Paciência! Dado o jogo democrático, terão de engoli-lo — caso ele se mostre mesmo disposto a resistir ao maior massacre de que tenho memória na imprensa para quem não cometeu crime nennhum. Há muito o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, deveria ter posto um fim àquela pantomima. Caso se forme um grupo de 50 que decida impedir as sessões da Câmara exigindo que Alves responda politicamente pelos crimes de que é acusado, ele faz o quê?
a) Renuncia ao posto?;
b) estimula a baderna;
c) chama a Polícia Legislativa
Alguém tem alguma dúvida sobre qual alternativa ele escolheria? Ora… Alves decidiu aderir à pauta da imprensa e das celebridades para ver se os jornalistas esquecem, como esqueceram, a sua biografia. Está usando o caso Feliciano como lavanderia da própria reputação. É só mais uma feiura que se junta a essa comédia de erros.
Tolice
Vamos parar com essa tolice de “não me representa”. O Parlamento, queridas minorias mimadas e celebridades, não existe com o fito exclusivo de representá-las. Também representa os outros, muito especialmente as… maiorias. A questão é saber se se vai buscar o diálogo ou o confronto.
Feliciano só é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara porque os petistas deram de ombros pra ela, não a quiseram. O PSC pleiteava outra, mas os “cúpidos do bem” — desesperados para abarcar áreas mais influentes — não quiseram negociar. Foi o que restou aos aliados. Antes mesmo que Feliciano dissesse um “a”, começou a gritaria nas redes sociais, com Jean Wyllys à frente e a adesão quase unânime da imprensa ao linchamento.
Li no Globo, acho, que Wyllys admitiu que Feliciano ocupa a presidência da comissão de maneira legal — e também legítima, acrescento; ou se demonstre o contrário. É mesmo, é? Se é assim, por que este senhor não toma seu assento e faz os debates necessários no âmbito da comissão? Venham cá: os descontentes com Dilma podem tentar inviabilizar seu trabalho no berro? Não! Quem o fizer vai em cana.
O que quer dizer “não me representa”? Que o sujeito discorda das ideias do outro? E daí? Nesse particular, a Dilma não me representa. O Lula nunca me representou. Mas jamais propus que fossem depostos por isso (o Apedeuta deveria ter caído, mas por causa do mensalão de Genoino e João Paulo, os dois condenados que estão na CCJ). A governanta não ME representa, já que não votei nela, mas representa um Poder. Igualzinho ao Feliciano! A ignorância supostamente ilustrada do que seja democracia, especialmente das celebridades, é de lascar! Vão se instruir um pouquinho! Tentem saber como funciona o regime democrático.
Ah, sim, quase me esqueço: o Feliciano também não me representa. Como sou um democrata, acho que ele tem de cumprir seu mandato. É possível discordar de alguém sem aderir a uma campanha de linchamento. É possível fazer-se ouvir no Congresso sem agredir os fundamentos da democracia.
A propósito: as celebridades que estão emprestando a sua fama à causa representam quem mesmo?
sexta-feira, 5 de abril de 2013
MARABÁ: 100 ANOS DE HISTÓRIA
Parabéns, Marabá!
Cidade acolhedora e de grande potencial socioeconômico.
De riquezas culturais singulares.
De praias, rios e verde. De gente.
Que os desafios do presente possam ser superados com a dedicação e o empenho de todos nós, filhos deste chão.
Que a vontade de construir um futuro melhor nos impulsione, a cada dia, rumo às conquistas que tragam mais igualdade, dignidade e um amplo sentido de humanidade.
Parabéns, joia de Carajás!
Assim está gravado no brasão do nosso querido município:
"Favante Deo ad astra vehimur"
Com a ajuda de Deus chegaremos às estrelas.
Que assim seja.
ADEUS, COMPANHEIRA!
Postagem de Fabio Blanco
E as empregadas domésticas? Venderam a elas a ideia de que agora teriam os direitos idênticos aos de todos os empregados formais, que passariam a gozar de férias, FGTS, horas extras... E algumas estavam até comemorando, pois, se o pessoal lá de Brasília falou que elas têm direito, então, a partir de agora, bastaria exigi-los.
Doce ilusão! O que elas estão recebendo, e em massa, são comunicações de dispensa.
Alguém pensou que seria diferente? Acreditem, o poder público não pode direcionar o mercado como muitas pessoas acham que ele pode. Ele tenta, cria normas, faz leis, impõe regras, mas, no fim das contas, o fator decisivo sempre será a oferta e a procura.
O que os fazedores de lei esqueceram, neste caso, é que o trabalho doméstico, se muitas vezes parece indispensável, é uma necessidade de natureza bastante diversa em comparação ao trabalho em uma empresa comercial. Esta, por definição, precisa de empregados para existir, para prestar seus serviços, fabricar seus produtos, vender seus bens. Sem funcionários uma empresa não existe. O trabalho doméstico, pelo contrário, por mais que pareça indispensável, em sua ausência não se altera a natureza do domicílio. Pode causar alguns transtornos, mas o lar permanece um lar, com ou sem empregada.
Ora, bastava dar uma olhadinha para países mais ricos, como os EUA e Canadá, para saber que o endurecimento de regras trabalhistas, ao invés de colaborar para o implemento de direitos, de fato, impedem sua efetivação. Nesses países o trabalho doméstico é quase inexistente. Com exceção de pessoas com muito dinheiro, poucos se atrevem a contratar um trabalhador doméstico com todos os encargos que lhe são peculiares. Porém, nesses países mais ricos o impacto dessa impossibilidade é absorvido por outras oportunidades de emprego. Aqui no Brasil, porém, onde ainda para pessoas sem formação específica a oferta de trabalho não é assim tão abundante, conceder direitos formais, ao invés de conceder ganhos para os supostos beneficiados, é o que acaba promovendo é o desemprego.
O resultado dessa lei será, portanto: a demissão em massa de trabalhadoras domésticas, lançando-as para o trabalho autônomo de diaristas, com o óbvio aumento de oferta desse tipo de serviço, com a consequente diminuição dos valores de remuneração, exatamente por causa da concorrência. Quiseram favorecer os empregados, acabaram apenas favorecendo os patrões. Principalmente aqueles que sempre fugiram de arcar com os custos trabalhistas. Miraram na raposa, acertaram na ovelha.
É isso que acontece quando uma lei é feita apenas para satisfazer grupos ideológicos. Estes, normalmente, são terrivelmente míopes para a história e para os fatos. Vêem tudo pela ótica do explorador e explorado, pela luta de classes e não percebem que, na realidade, as relações são bem mais complexas do que isso. O que mais ouvi, nestes dias, foi a retórica da libertação das domésticas, o fim de sua escravidão, e que essa era a última conquista que restava na área trabalhista. Porém, será que nunca se perguntaram o motivo delas possuírem menos direitos que os trabalhadores de empresas? Talvez, sim. Porém, como é de praxe, concluíram que isso devia-se a preconceito, interesse ou segregação.
Ao que parece, que nenhum deles parou para pensar é que a natureza do trabalho doméstico é completamente diferente do trabalho empresarial. Melhor dito: o empregador doméstico jamais pode ser colocado em pé de igualdade com o empresário. Este, ao pagar salários, incorpora esses gastos nos preços de seus produtos e serviços. Por isso, o número de funcionários que possui depende, diretamente, da projeção de vendas e negócios que espera realizar. O empregador domiciliar, pelo contrário, paga sua empregada doméstica com o dinheiro de seu próprio bolso, sem possibilidade de reembolso. Aqui, funcionário é apenas gasto; lá, é investimento.
Por tudo isso, já se pode considerar esta uma das piores leis trabalhistas da história.
E as empregadas domésticas? Venderam a elas a ideia de que agora teriam os direitos idênticos aos de todos os empregados formais, que passariam a gozar de férias, FGTS, horas extras... E algumas estavam até comemorando, pois, se o pessoal lá de Brasília falou que elas têm direito, então, a partir de agora, bastaria exigi-los.
Doce ilusão! O que elas estão recebendo, e em massa, são comunicações de dispensa.
Alguém pensou que seria diferente? Acreditem, o poder público não pode direcionar o mercado como muitas pessoas acham que ele pode. Ele tenta, cria normas, faz leis, impõe regras, mas, no fim das contas, o fator decisivo sempre será a oferta e a procura.
O que os fazedores de lei esqueceram, neste caso, é que o trabalho doméstico, se muitas vezes parece indispensável, é uma necessidade de natureza bastante diversa em comparação ao trabalho em uma empresa comercial. Esta, por definição, precisa de empregados para existir, para prestar seus serviços, fabricar seus produtos, vender seus bens. Sem funcionários uma empresa não existe. O trabalho doméstico, pelo contrário, por mais que pareça indispensável, em sua ausência não se altera a natureza do domicílio. Pode causar alguns transtornos, mas o lar permanece um lar, com ou sem empregada.
Ora, bastava dar uma olhadinha para países mais ricos, como os EUA e Canadá, para saber que o endurecimento de regras trabalhistas, ao invés de colaborar para o implemento de direitos, de fato, impedem sua efetivação. Nesses países o trabalho doméstico é quase inexistente. Com exceção de pessoas com muito dinheiro, poucos se atrevem a contratar um trabalhador doméstico com todos os encargos que lhe são peculiares. Porém, nesses países mais ricos o impacto dessa impossibilidade é absorvido por outras oportunidades de emprego. Aqui no Brasil, porém, onde ainda para pessoas sem formação específica a oferta de trabalho não é assim tão abundante, conceder direitos formais, ao invés de conceder ganhos para os supostos beneficiados, é o que acaba promovendo é o desemprego.
O resultado dessa lei será, portanto: a demissão em massa de trabalhadoras domésticas, lançando-as para o trabalho autônomo de diaristas, com o óbvio aumento de oferta desse tipo de serviço, com a consequente diminuição dos valores de remuneração, exatamente por causa da concorrência. Quiseram favorecer os empregados, acabaram apenas favorecendo os patrões. Principalmente aqueles que sempre fugiram de arcar com os custos trabalhistas. Miraram na raposa, acertaram na ovelha.
É isso que acontece quando uma lei é feita apenas para satisfazer grupos ideológicos. Estes, normalmente, são terrivelmente míopes para a história e para os fatos. Vêem tudo pela ótica do explorador e explorado, pela luta de classes e não percebem que, na realidade, as relações são bem mais complexas do que isso. O que mais ouvi, nestes dias, foi a retórica da libertação das domésticas, o fim de sua escravidão, e que essa era a última conquista que restava na área trabalhista. Porém, será que nunca se perguntaram o motivo delas possuírem menos direitos que os trabalhadores de empresas? Talvez, sim. Porém, como é de praxe, concluíram que isso devia-se a preconceito, interesse ou segregação.
Ao que parece, que nenhum deles parou para pensar é que a natureza do trabalho doméstico é completamente diferente do trabalho empresarial. Melhor dito: o empregador doméstico jamais pode ser colocado em pé de igualdade com o empresário. Este, ao pagar salários, incorpora esses gastos nos preços de seus produtos e serviços. Por isso, o número de funcionários que possui depende, diretamente, da projeção de vendas e negócios que espera realizar. O empregador domiciliar, pelo contrário, paga sua empregada doméstica com o dinheiro de seu próprio bolso, sem possibilidade de reembolso. Aqui, funcionário é apenas gasto; lá, é investimento.
Por tudo isso, já se pode considerar esta uma das piores leis trabalhistas da história.
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