quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

DR. EMERSON CASELLI MORRE
VÍTIMA DE INFARTO

O médico Emerson Miguel Caselli morreu hoje (25), vítima de infarto fulminante. De acordo com as primeiras informações dadas por parente do médico, Emerson estava em Teresina (PI) a serviço do Incra.  
O "Doutor Emerson", como era popularmente conhecido, foi vereador e secretário de saúde de Marabá na gestão de Haroldo Bezerra. 



sábado, 21 de janeiro de 2012

A DITADURA DAS PALAVRAS

Se tem uma coisa que me tira do sério é ser criticado por usar expressões da nossa língua que vão contra os ideais dos "politicamente corretos" e inspetores moralistas pós-modernos (que, de moral mesmo, não têm nada). 

Hoje em dia, querem nos dizer até quais termos devemos falar ou não. Ora, eu falo o termo que quero. (Liberdade de expressão, lembram?) 
Sou contra termos chulos e não tenho o hábito de usá-los por considerar que são inúteis e em nada acrescentam para mim, como pessoa. É uma questão de educação recebida de meus queridos pais. No entanto, todos são livres para usar a palavra mais adequada em cada situação. Não é questão de regra, mas de bom senso.



Sou radicalmente contra o "pejorativismo linguístico" que, às vezes, impingem sobre alguns termos como: negro, índio, americano, obscuro, denegrir, homossexualismo etc.
Certas pessoas precisam entender que o que machuca e ofende não são necessariamente as palavras, mas a intencionalidade e a forma como estas são externadas. Vejamos um exemplo:

-Ei, brancão, saia da frente! (Isto, me referindo a uma pessoa negra). 


Aqui, fica caracterizado o sarcasmo, ou seja, chamei de branco aquele que é negro numa clara demonstração de desrespeito à cor da pessoa (com o agravante da entonação vocal alterada). Mesmo que eu substituísse o termo "brancão" por "negão" soaria da mesma forma. Daí o motivo pelo qual creio que a intencionalidade seja o fator que molde na cabeça das pessoas palavras negativas ou positivas. 

Se eu estiver assistindo a uma luta na TV e um lutador negro enfrentar um lutador branco e eu disser:


-Rapaz, aquele negão ali é bom de briga! 


A minha intenção foi enaltecer a qualidade e a habilidade do lutador. O termo "negão" foi usado apenas para distinguir os lutadores em questão, visto que um era branco e o outro negro (mas parece que esta explicação está demonizada pelos xerifes da língua). 


Assim como a renomada cantora Alcione (que é negra) eternizou em uma de suas músicas o emprego da palavra "negão", de igual modo, não houve cunho pejorativo na frase acima, de forma alguma. Ou será que ninguém mais se lembra da frase: "Você é um 
negão de tirar o chapéu (...)"
Será que só é "preconceito" se esta palavra for dita por um branco? Se for assim, não seria uma discriminação racial às avessas?

Se fôssemos rezar na cartilha dos politicamente corretos teríamos que dizer, aquela frase mais acima, da seguinte maneira:

-Rapaz, aquele afrodescendente é bom de briga. 


Eu, particularmente, acho isso ridículo.


Os termos em questão são estigmatizados pela 
cabeça de quem escuta e os decodifica baseado nos valores que cada um carrega dentro de si.  Se forem valores deturpados, deturpadas serão as interpretações ou a forma de expressar as palavras.

Escrevo este texto apenas para pedir que deixem minha língua em paz. Aliás, a língua do branco, do negro, do índio. Isso mesmo, índio! Indígena seria no modo politicamente correto. Aliás, até chamaria assim, se não me visse obrigado.

Não sou o rei da cocada preta e nem tenho uma grana preta para gastar com advogados, por isso, não inventem de me processar.

(Ops... será que usar a palavra "preta", nestes casos, também seria politicamente incorreto? Já não sei mais de nada.)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

É DESSE JEITO...


AMERICANO, NORTE-AMERICANO
OU ESTADUNIDENSE?

O artigo abaixo foi publicado em 2010 no blog de Sérgio Rodrigues (Sobre Palavras)As frases entre colchetes são acréscimos meus.

“Quem são os americanos, os norte-americanos e os estadunidenses?
Nós brasileiros somos americanos ou não?” (Alexandre J.D.S.)


A dúvida do leitor nos leva longe. As três formas têm adeptos no português contemporâneo – o que não quer dizer que se equivalham inteiramente – e sempre rendem discussões quentes. 
[Isto é bem verdade. Inclusive, este é o motivo pelo qual "ressuscitei" este artigo]

Como toda discussão quente, esta costuma ignorar argumentos baseados na razão, como o de que escolher entre americano, norte-americano e estadunidense não é uma questão de certo e errado, mas uma decisão vocabular legítima tomada por cada falante. Decisões vocabulares sempre revelam algo sobre o sujeito, seu grau de informação, modo de encarar o mundo e, sim, posição política.


Americano é a forma mais comum e também a mais enraizada na história de nossa língua. De Machado de Assis a Caetano Veloso – “Americanos são muito estatísticos/ Têm gestos nítidos e sorrisos límpidos” – existe uma tradição cultural séria a legitimar americano como termo preferencial para designar o que se refere aos Estados Unidos no português brasileiro.

Sempre houve quem se incomodasse com isso, por acreditar que essa escolha aparentemente inocente trazia embutida uma concordância com o sequestro que os conterrâneos de John Wayne fizeram de termos mágicos – América, americanos – que deveriam ser propriedade de todo o Novo Mundo. Os brasileiros também somos, assim como argentinos, venezuelanos e tobaguianos, americanos, certo? Claro que está certo.

Assim, de um impulso nacionalista ou continentalista, surgiram dois subgrupos, o que prefere norte-americano e o que opta por estadunidense. É provável que estadunidense – que já foi a terceira opção dos brasileiros e é a que contém maiores dosagens de antiamericanismo – tenha conquistado o segundo lugar durante o pesadelo dos oito anos de George W. Bush.

O problema é que o principal argumento contra o uso de americano – o de que o termo está “errado” porque quer dizer tudo o que se refere às três Américas – é ingênuo. Americano quer dizer as duas coisas. Assim como mineiro pode designar tanto um trabalhador em minas, seja ele búlgaro ou cearense, quanto um natural do estado de Minas Gerais, e o contexto resolve qualquer possível ambigüidade. Isso não é argumento. E ainda que fosse, norte-americano sofreria do mesmo problema, o de excluir canadenses e – dependendo da classificação – mexicanos de um termo que deveria incluí-los por força de geografia e história.

Quanto a estadunidense, bem, aqui a questão é política, ponto. Por que logo eles, os americanos, teriam o direito de usar como emblema, medalha azul-vermelha-e-branca no peito, a sonoridade de América? Se nós também somos América e temos até uma Iracema, isso não seria pura pilhagem cultural, muque colonialista, arrogância ianque?

É claro que se pode pensar assim, e de certa forma foi isso mesmo que ocorreu. Mas o fato cru é que, quando grande parte do mundo estava sendo redividido e rebatizado, os caras foram espertos no trabalho de branding. Correram logo ao cartório mundial com o bebê no colo e assimilaram – se não a América-coisa, que é obviamente inassimilável – pelo menos a palavra América e uma ideia de América. São os Estados Unidos da América como nós já fomos os Estados Unidos do Brasil. Ninguém nos chamava de estadunidenses na época.

Paciência, então? Isso vai de cada um. Minha paciência é menor com episódios de gato-mestrismo linguístico – “você está errado por falar como todo mundo, eu e uns poucos outros é que estamos certos” – do que com os Estados Unidos da América, sobretudo na era Obama. No fim das contas, bastaria o pernosticismo da palavra estadunidense para me indispor contra ela.

Prefiro outra posição 
[eu também]: a de que, do ponto de vista da língua, não existe certo ou errado aqui. Assim como a mandioca também pode ser, por questões regionais, chamada de aipim ou macaxeira, os termos americano, norte-americano e estadunidense são opções vocabulares à disposição do falante de português. Mas convém saber aquilo que cada um realmente implica antes de sair brandindo argumentos furados de autoridade.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

VOLTANDO, DE NOVO...

Aos trancos e barrancos acredito que, agora, começo o ano como blogueiro.
Desculpem pelo longo tempo sem atualização.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

TODOS...MENOS UM

De quando em quando tenho o hábito "espiar" o site da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) para me informar sobre a atuação dos nossos deputados (Bernadete ten Caten, Tião Miranda e João Salame). Acontece que, dos três, apenas no perfil do deputado Tião Miranda não consta absolutamente nada, nenhuma informação. Aliás, nem foto. 
Podem até alegar que o João e a Bernadete têm mais tempo de casa, e portanto, mais projetos e ações à frente daquele parlamento. Tudo bem.

Mas o Tião foi eleito em 2010, começou o mandato em 2011 e já estamos e 2012. 
Ora, será que o eleitor não merece saber o que o Tião fez neste ano à frente da Alepa? (veja aqui)
Seria interessante a assessoria dele divulgar alguma nota esclarecendo esta questão. Em todo caso, fiquemos de olho!


AVISO AOS PARAQUEDISTAS

Aqui, não!


VOLTANDO AO BATENTE...

Com as forças renovadas por um breve recesso do trabalho, desejo que este ano de 2012 seja bem melhor que o ano que passou. Muita saúde e boas realizações a todos.