terça-feira, 12 de julho de 2011

CASTELO DE AREIA

Mais uma vez, o chefe do Executivo de Marabá se vê envolvido em graves acusações que revelam o mau uso do nosso suado dinheiro.

O Ministério Público Federal está processando o prefeito Maurino Magalhães, o secretário de educação Ney Calandrini e a EB Alimentação Escolar por improbidade
.

Entende-se por improbidade administrativa:

"
Qualquer ato praticado por administrador público contrário à moral e à lei; ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições".

Para citar apenas um dos exemplos que constam no relatório do MPF, a escola Ponta de Pedra na Vila Boa Esperança em total de 37 alunos distribuídos em dois turnos, recebeu no mês de janeiro 10 quilos de arroz e dois quilos de feijão. Isso equivale a 250 gramas de arroz e 50 gramas de feijão disponíveis por refeição para atender a 20 crianças em cada período. 


Eu poderia citar também as toneladas de alimentos que acabaram no lixo e que, no entanto, foi considerado apenas um descarte "dentro da normalidade".

Pois bem. Lembram daquelas propagandas da prefeitura que mostravam alunos felizes da vida por terem uma alimentação de qualidade? Como já era de conhecimento público, as tais propagandas apenas maquiavam uma realidade que desmentia a divulgação oficial.

Enquanto alunos comiam 'farofa e ovo', a 'tchurma' do Maurino caprichava no marketing (nada contra os marqueteiros, afinal, são pagos pra isso) onde era apresentada para a sociedade uma versão 'light' dos fatos.

Para que não digam que estou mentindo, divulgo abaixo um desses vídeos que, logo de cara, é dito que a tal 'refeição' é "o maior projeto da prefeitura de Marabá".

Imaginem se não fosse...






Um comentário:

Ademir Braz disse...

Na verdade, Pedro, o "castelo de areia" está mais para uma tapera de lama com baldrame e paredes apodrecidas. A cada ano, o município recebe mais e mais repasses federais que parecem volatizar-se mal chegam às contas bancárias do município. Na outra ponta, há indícios, evidentes (como se diz no jargão juridiquês)"sinais exteriores de riqueza" - os carrões, as mansões que avultam aqui e ali, as fazendas disso e daquilo como supostamente pertencentes a alguns setores cujo ganho não corresponde a estes sinais.
Assim, a questão fica mais clara quanto a muitos ângulos do casebre.
Por quê nada dá certo neste governo, que parece aprofundar cada vez mais as mazelas de governos anteriores?
Eis aí matéria interessante para analisar.